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O programa Encontro com o Jazz desta quarta-feira (28), às 21h, apresenta o repertório da cantora e compositora norte-americana Billie Holliday (1915-1959). O programa desta noite tem produção e apresentação de Maurício Matos, e operação de áudio de José Raimundo Lustosa. Além da seleção de canções antológicas do jazz interpretadas na voz de Billie Holliday, o programa ainda conta com a participação da cantora e professora Idilva Germano, que divulga show em tributo à Billie no projeto Ceará Jazz Series na próxima sexta, 30 de setembro, às 20h, no Teatro Dragão do Mar.
Eleanora Fagan Gough nasceu em 7 de abril de 1915, na cidade de Filadélfia (EUA), e teve uma infância difícil. O pai era músico e abandonou a família quando ela ainda era bebê para excursionar com um grupo de jazz. Aos dez anos, ela foi estuprada por um vizinho, porém, mesmo após a denúncia do abuso sexual, foi encaminhada para um reformatório juvenil. Durante a adolescência foi trabalhar como profissional do sexo, e chegou a ser presa. Desde a mais tenra idade, enfrentou a pobreza, a violência e o racismo.
Nos anos 1930, morando em Nova Iorque, começou a cantar em boates noturnas do Harlem, e adotou o pseudônimo Billie Holiday. Não possuía educação formal em música, mas conheceu os princípios do jazz ouvindo Bessie Smith e Louis Armstrong. Posteriormente, tornou-se uma das primeiras artistas negras a cantar com músicos brancos, e assim ela integraria os conjuntos de big bands comandados por nomes como Count Basie, Artie Shaw e Duke Ellington. Recebeu do saxofonista Lester Young o apelido Lady Day, por causa da emoção e da sensualidade que conseguia impôr à voz. A partir da década de 1940, ela sofreu com depressão, dependência de álcool e outras drogas, relacionamentos abusivos, o que lhe afetaram a voz, a saúde e o equilíbrio emocional.
Em 1956, publicou a autobiografia Lady sings the blues. O livro inspirou o filme homônimo lançado em 1972, com o papel de Billie interpretado pela cantora Diana Ross. Billie faleceu aos 44 anos, em 17 de julho de 1959, em Nova Iorque (EUA), em decorrência de cirrose hepática e insuficiência cardíaca. Até hoje, é lembrada como uma das principais vozes da música popular norte-americana e uma das mais influentes intérpretes de jazz, pelo timbre, fraseado e estilo perculiares.
O Encontro com o Jazz vai ao ar às segundas, quartas e sextas, às 21h, e tem produção de César Augusto Bezerra, Maurício Matos e José Antônio Lemenhe, e operação de áudio de José Raimundo Lustosa, Adalberto Inácio e Assis Lima.
