03/12/19

Confira a entrevista de Assun para o Terra do Som (transcrição)

Assun é CODA (children of death adults) que significa ser filho ouvinte de pais surdos (Ilustração: Kerensky Barata)

Assun toca a música “Padrão”.

CAROL - Olá, eu sou Carolina Areal e começa agora o Terra do Som. E antes de falar aqui com o nosso convidado, vocês perceberam o suingue todo do começo, essa música que é Padrão, composição dele, e que vou revelar daqui a pouco. Mas eu quero dar as boas vindas ao Nahuan Gonçalves, que vai tocar essa entrevista comigo. E aí, Nahuan, tudo bem?

NAHUAN – Tudo bem. É um prazer estar aqui com vocês.

C – O nosso convidado, ele é cantor, compositor, e ele é na verdade um cantor bilíngue. A gente vai entender um pouquinho mais o que é isso. Ele que pesa bastante o português também com a libras, a Língua Brasileira de Sinais. E o nosso convidado, ele foi vocalista da banda Dona Leda durante oito anos e agora tem um trabalho solo, a gente pôde conferir a primeira música que é Padrão, uma composição dele. Então eu dou aqui as boas-vindas a Assun. Assun seja bem-vindo aqui na Rádio Universitária.

ASSUN – Muito obrigado. Muito obrigado pelo convite, Carol, Nahuan. É um prazer imenso estar fazendo parte aqui do programa. Já conhecia os estúdios da Rádio Universitária. E agora nessa carreira solo, nessa empreitada sozinho, sozinho entre aspas, porque tem uma galera que trabalha comigo e estamos aí, muito obrigado.

C – Na verdade o Assun, que antes, quando ele veio à Rádio Universitária, pelo menos que eu me recordo, foi com a própria Dona Leda e assinava como David Lima. E é interessante porque a Dona Leda faz parte do nosso imaginário reggae, aqui da nossa cena reggae na cidade, no estado, muito representativo. Acho que nacionalmente falando. Ele teve a oportunidade de tocar com muita gente fera, e tocar inclusive em um dos festivais mais importantes de reggae, se não for o festival mais importante, se eu não me engano, na Espanha. Eu queria entender, Assun, e até pros nossos ouvintes entenderem um pouco, como foi que você decidiu, vou sair da parada da Dona Leda e vou agora investir nesse teu trabalho que é bilíngue?

A – Certo. Foi assim, eu decidi sair da banda quando a gente estava no melhor momento. Assim, no meu melhor momento com a banda, no melhor momento da banda, porque nós tínhamos acabado de voltar da Espanha, tínhamos acabado de gravar um DVD internacional, e isso pro currículo de um artista é muito importante. Além de ter gravado com vários artistas que eu admiro, que é o caso do Dominguinhos, tive essa honra master. Até o Adelson estava também, gravando. A gente gravou no antigo estúdio do Adelson o Forregando, que é um forró com reggae. E aí eu estava num pensamento de fazer algum trabalho diferente. Eu estava gostando muito de trabalhar com a Dona Leda, sempre shows lotados, recebendo grana pela arte que eu estava produzindo, que estava fazendo, só que estava faltando alguma coisa que eu ainda não sabia o que era, mas eu sentia falta de alguma coisa. Não que eu não gostasse de tocar sempre, enfim, de ficar fazendo parte de uma banda conhecida, famosa, com grande circulação, agenda cheia, não é isso, mas faltava alguma coisa. E eu descobri o que faltava, quando eu fui aprovado num concurso público, aqui na prefeitura de Fortaleza, pra ser professor de crianças surdas. Essa experiência, essa vivência com essas crianças, trouxe pra mim um pensamento lá da minha primeira infância, dos meus pais, que são surdos. Então assim, eu estava conseguindo transformar uma realidade de uma criança que de repente não tinha oportunidade nenhuma. Ensinar libras pra essa criança, ensinar a essa criança o lugar dela no mundo, a comunicação, que é tão importante na primeira infância, e evitar que essa criança passasse por muitas coisas que os meus pais passaram, que eu e o meu irmão a gente viu desde que a gente nasceu. E aquilo começou a mexer comigo, e esse trabalho que estava sendo feito lá, ele ficou bem maior e bem mais importante dentro de mim do que o trabalho que estava fazendo com a Dona Leda. Foi essa conversa que a gente teve lá, e eu decidi realmente sair. E quando eu saí, eu saí com uma mão na frente e outra atrás, porque eu passei oito anos numa zona de conforto, passei oito anos apenas compondo, e cantando, e gravando, e ensaiando. Só. Na minha carreira solo eu tinha que produzir, eu tinha que trabalhar com produção executiva, tive que trabalhar com produção de estrada, tive que trabalhar com gravação. Eu tinha que conseguir a equipe pra gravar, tinha que conseguir o estúdio, e isso foi muito amadurecimento e muito aprendizado. Hoje, atualmente há dois anos, ou quase três anos que eu decidi sair, agora que eu estou começando a me estruturar de verdade, com pessoas que estão junto comigo, fazendo o trabalho acontecer, que é o caso do Kerenski Barata, meu diretor artístico. Ele dirige meus clipes, ele também toca comigo. Eu também estou com uma experiência de tocar com DJ apenas, eu nunca tive essa experiência antes, que é uma mudança muito grande, pra quem era acostumado com uma banda preenchendo o palco. E está sendo maravilhoso, o retorno está sendo maravilhoso, porque eu achei que eu não fosse nem de longe conseguir ter esse retorno, mas está sendo bacana, e está sendo uma construção massa, um aprendizado massa. E também mantive o contato e a conexão com a própria Dona Leda. Então assim, a gente ainda lançou dois trabalhos, um que foi o Padrão, que eles gravaram um instrumental do Padrão, que a gente já tocava na Dona Leda antes, mas não tinha gravado, que é essa minha música, e outra música chamada A humildade nunca foi pra qualquer um, que foi um clipe que a gente fez no Theatro José de Alencar, com a comunidade surda lá, que esse a gente colocou Assun feat Dona Leda, porque o momento merecia ter um projeto maior. Eu não queria colocar só Assun, eu queria mostrar também que mesmo a gente tendo rompido esse lance de estar junto sempre, a gente não rompeu o laço de amizade, de companheirismo, que é o que a letra da música fala também. Então eles ainda são parceiros, escrevo músicas também pra eles gravarem. Agora são dois trabalhos completamente diferentes, até porque o meu trabalho ele é bastante politizado, ele é bastante crítico, porque é um trabalho que é pautado nos artistas que eu admiro, nas coisas que eu vivi também, então assim, tem determinados momentos que eu não posso falar tal coisa porque enfim o contratante “x” não vai gostar. Já no meu trabalho eu posso ficar de boa e falar, goste quem goste, quem não gostar também, beleza, valeu.

N – David, você citou aí um trabalho que é A humildade nunca foi pra qualquer um, você gravou o clipe com a sua ex-banda, Dona Leda, e foi o primeiro clipe com esse aspecto bilíngue. E como foi a repercussão do trabalho?

A – Cara, foi bastante interessante, porque aqui em Fortaleza a galera não tinha feito ainda um trabalho autoral. Eu já tinha visto coisas tipo a galera traduzindo músicas e tal, mas um trabalho autoral, cem por cento voltado pra isso, ainda não tinha rolado. E o Jornal O Povo se interessou muito, eles foram até cobrir no dia do clipe, pessoas de outros lugares do Brasil admirando o trabalho, saiu matéria no Surforeggae, que é o maior site de reggae da América Latina, os caras deram essa força aí, saiu também a matéria lá. E tipo a repercussão foi maravilhosa. Eu não patrocinei o clipe, assim de investir grana, era pra eu ter patrocinado, mas eu estou começando, estou entendendo como é eu funciona. Mas o resultado foi super bacana, direção do Germano. O Germano trouxe um equipamento muito bom. Eu tive apoio do Pop, da Baião de Dois, a produtora Baião de Dois Filmes. Ele me emprestou uns equipamentos. Tirei muita grana do bolso, mas teve muita coisa também que a galera chegou junto e fortaleceu, que foi o caso da comunidade surda em peso que lotou o teatro, eu achava que não ia dar ninguém. Fiz uma divulgação assim mesmo no Whatsapp, fiz um cartaz aí a galera abraçou a ideia. Eu lembro que saiu na página da Larissa Gaspar também, então maior galera viu, e foi massa pra caramba. A repercussão foi maravilhosa.

C – Eu vou aproveitar então que a gente está falando sobre essa música A humildade nunca foi pra qualquer um, vou pedir pra você tocar um trechinho já pra gente se ligar.

Assun toca a música A humildade nunca foi pra qualquer um.

C – Massa. A gente estava falando aqui sobre Dona Leda, enfim, a sua participação. Tem um clipe que a gente achou durante a pesquisa aqui, pra poder conversar com você, que é o Rolê de bike, que você gravou em paralelo à Dona Leda. Como foi esse processo? Porque aparecem cenas do Ocupe Cocó em 2013, na época o aquário... Então queria entender um pouco como surgiu essa ideia, e também eu percebi essa pegada do rap bem presente. Então, como é que foi estar na Dona Leda mas também fazer esse projeto paralelo?

N – E também a sua assinatura, que antes era Assum Preto e hoje é Assun.

A – Certo, massa. Nessa época, como eu tinha falado antes, eu sempre tive essa veia crítica de colocar o dedo na ferida. E assim, eu fiz esse trabalho paralelo porque era uma coisa que eu não podia fazer na Dona Leda. Então eu precisava colocar pra fora de alguma forma. E eu tenho essa característica de rimar porque sempre curti. Eu tinha uma banda chamada Tia Maria que a gente já fazia isso, já fazia umas rimas e tal, que era de reggae também, e até por isso a gente ficava meio que de fora do circuito reggae por conta dessa mistura. A galera “não, porque o reggae é roots, tem que ser assim”. E eu já não acho, eu acho que é música preta, então vem do mesmo canto. Esse clipe eu acho que a gente lançou ele em 2014, mas gravou em 2013. Foi o orçamento mais baixo da minha vida. Acho que foi duzentos reais que eu gastei no clipe, foi uma feijoada pra equipe no final. A galera toda chegou junto. Eu consegui um apoio de um cara lá do meu bairro que tem aquelas bicicletas lá e tal.

C – Bicicleta estilizada, digamos assim.

A – É isso. Exatamente. Aí a gente fez meio que despretensiosamente o clipe. Lançamos mesmo só pra ver qual era. Mas como diz um grande amigo meu, “esse clipe pegou na veia, porque fala um monte de coisa”. Além do rolê de bike, até hoje eu ando de bicicleta, gosto, é meu meio de transporte também. O clipe ficou meio obsoleto, porque depois que lançou o clipe, no ano seguinte, começaram a fazer uma porrada de ciclofaixa na cidade, mas antes não tinha tanta, quando foi lançado. Mas é isso, a gente foi lá no aquário, foi lá no Ocupe Cocó também, passei uma tarde lá no solzão gravando. O pessoal passava no ônibus, “vai trabalhar, vagabundo”. Rapaz, eu estou trabalhando, cara. Mas é isso, velho,  a repercussão desse clipe foi massa. E o nome, Assum Preto, foi porque assim, eu tinha o nome Assum Preto por causa do pássaro da música do Luiz Gonzaga, que a galera fura o olho dele e ele fica melancólico, depressivo, porque não vê mais, não voa mais, e aí o canto dele, entre aspas, fica mais bonito, para a audição humana. E eu fiz uma alusão às coisas que a gente passou na infância lá em casa. Várias situações que não valem nem à pena falar aqui, mas que me transformaram como pessoa, transformaram a mim, ao meu irmão, e a gente pode fazer arte através disso, que é uma coisa bonita. Enfim, a gente não enveredou por um caminho de ódio, de raiva, não, a gente pegou toda aquela experiência e tentou transformar em arte. O meu irmão é um ator, terminou um mestrado, lançou livro, continua na correria dele, se garante muito, participou aí do Cine Holliúdy. E a gente está nessa pegada artística desde que a gente se entende por gente, então é uma alusão mesmo à música. E o nome “Assun”, com o “N” no final, foi porque eu achei muito bonito. Eu comprei um disco do Luiz Gonzaga ali no Seu Augusto, ali no Centro, Augusto dos discos antigos. Eu comprei um disco lá e tinha essa música. Na escrita tinha “Assun”, com “N” no final, e eu achei muito massa essa escrita. “Cara, vou tirar o “Assum Preto” e vou deixar só Assun”, e aí ficou “Assun”. A galera está conhecendo como “Assun”.

C – Durante as pesquisas também, eu vi lá, acho que foi no Mapa Cultural de Fortaleza, não sei, tem a sua descrição lá, e eu achei interessante porque você coloca que um dos objetivos é “tornar os shows e videoclipes cada vez mais voltados para a comunidade surda”. Você já falou que você é Coda, que é filho ouvinte de pais surdos. E eu fiquei muito curiosa também, Assun, para entender o que é que você percebe, o que é que falta para que as pessoas entendam que a acessibilidade é importante? Porque eu vi nos seus clipes, lá no Youtube, e para a galera que quiser conferir o trabalho do Assun lá no Youtube, vai ter lyric video, vai ter a própria língua de sinais lá durante os clipes. O que é que falta para que as pessoas entendam que é necessário ter acessibilidade na arte?

A – Empatia. Falta empatia. Assim, quando a pessoa não sente na pele, ou não consegue se colocar no lugar da outra pessoa, pra ela tanto faz. Mas, tipo assim, falta muita acessibilidade em teatro, falta muita acessibilidade em cinema, falta muita acessibilidade em estádio, falta muita acessibilidade em banco, em hospital, falta acessibilidade em todo lugar. Você vai ali para a Monsenhor Tabosa, e você anda lá, tem umas bolas de cimento nada a ver, aí vai um idoso, um cego, um cadeirante, e umas bolas de cimento no meio da calçada. O que é que tem a ver aquilo ali? E o arquiteto fala, “não, mas é porque fica bonito”. Tem que ser acessível, todo mundo tem que andar ali. Não é só o turista, gringo, com dinheiro. Então são várias barreiras. Barreiras linguísticas, barreiras arquitetônicas. É muito difícil. A gente, na nossa infância, tinha que resolver problema do meu pai, coisa de empresa. Com 12 anos de idade, meu pai, “liga aqui pra essa empresa, o cara está me devendo um dinheiro”, eu ligava, “ei, está devendo dinheiro pro meu pai”, o cara, “que devendo dinheiro...”, desligava. Hoje melhorou bastante. A gente tem aí o exemplo da escola bilíngue, uma escola municipal bilíngue, e a gente nunca pensou, nunca imaginei isso na minha vida. Tem uma escola bilíngue, enfim, tem os institutos, tem o ICES, tem o Filippo Smaldone, tem a Associação dos Surdos do Ceará, agora a comunidade surda está muito mais antenada, tem youtuber surdo fazendo conteúdo massa, a galera inteligente. Então assim, tem melhorado bastante, mas tem muito ainda a ser percorrido, um caminho ainda bem longo. E eu faço parte desse caminho, de estar trazendo essa música, para a galera escutar a música, mas se ligar também que existe uma língua, que é uma língua oficial brasileira, que é a segunda língua oficial do Brasil, que é a libras, Língua Brasileira de Sinais. Apesar de alguns professores já terem me falado que não é, é a língua da comunidade surda, não é brasileira. Mas lá na Constituição está “segunda língua oficial do país, reconhecida em 2004”, é a Língua Brasileira de Sinais.

N – Nesse trabalho bilíngue, na música autoral, você é pioneiro, né? E eu assisti um show seu, que foi na Concha Acústica, num festival que teve, acho que no dia 28 de maio, e você trouxe um intérprete de libras para fazer a apresentação junto com você. Essa atitude de fazer esse trabalho, de ir à frente mesmo com isso, ela ajuda a formar um novo público?

A – Sim, ajuda demais, velho. Ajuda demais. Eu fui para Belém esses tempos, acho que está com três meses. A família da minha esposa é de lá, minha esposa é de lá, e eu sou fui lá passar férias. Fui lá e consegui fechar uns shows lá. E aí, cara, eu fiquei impressionado, porque teve um dos shows que eu fui tocar, e todo show eu faço pelo menos uma música em libras. Uma ou duas, porque para mim ainda falta estrutura, eu penso em colocar telão, colocar intérprete, deixar o show acessível mesmo. Mas enquanto eu não consigo fazer isso, a gente vai fazendo do jeito que dá. E aí nesse show foi uma galera de um instituto dos surdos de Belém pra esse show. Eu fiquei de cara. Depois a galera veio, me abraçou, e disse “meu irmão, nunca tinha visto isso, cara. Obrigado”. Então estamos aí nesse caminho, velho.

C – Infelizmente, Assun, a gente já vai se encaminhando pro final dessa entrevista. Mas antes, eu estava lá pesquisando também, eu estou a própria stalker, pesquisando geral, mas faz parte. Eu estava pesquisando lá nas suas redes sociais, e vi que você, junto com o Gustavo Portela e o Kerensky Barata, vocês são os idealizadores do Sessão de Arte Livre.

A – Ô, que massa que tu falou disso, eu já estava esquecendo.

C – Eu queria muito entender um pouco sobre o que é esse projeto.

A – Massa, Carol. O SAL. Estou empolgado com ele. O SAL é o Sessão de Arte Livre. A gente conseguiu uma abertura no Porto Dragão. Eles tinham um palco lá que estava lá toda a estrutura e a galera estava sem usar. Então eu cheguei junto com o Gustavo Portela, que é um cara super bem relacionado, e a gente conseguiu algumas datas lá no Porto Dragão. E o projeto SAL, ele consiste em trazer artistas da periferia de Fortaleza para se apresentarem nesse palco, com estrutura, som, luz, equipe técnica, tudo profissional e eles terem essa oportunidade de mostrarem o seu trabalho. Não só mostrarem seu trabalho, como a gente também estar articulando a gravação de vídeos, áudio, para entregar, que é uma contrapartida pros artistas, para eles terem algum material e poderem desenvolver esse material. Tipo assim, quando eu comecei, se eu tivesse uma oportunidade dessa eu ia achar muito massa, que é o que a galera está achando. A galera está mandando uns e-mails lá, e eu tenho visto uns trabalhos muito bons, eu fico “meu Deus, cara, esse menino mora aqui?”. Tipo, gente muito nova, das periferias de Fortaleza, de todo lugar, e está sendo muito bom fazer isso. Eu fico nessa parte da curadoria, o Kerensky fica na parte musical, na direção musical, ele é o DJ, então ele tem os equipamentos, pick-ups, tudo. E vai ficar lá, porque a maioria dessa galera é do rap, então é um moleque que tem um som no Soundcloud, traz um pendrive, ou manda no email a base para ele rimar na hora, e lá também vai ter disponível bateria, baixo e guitarra, porque também tem artistas que cantam, mas não têm nem um trabalho lançado. Aí a gente, “cara, qual música tu gosta de cantar?”, e a gente vai lá toca os instrumentos pra eles cantarem. Então assim, está gerando muito e vai ser sal.

C – Então antes de passar de novo o microfone pro Assun, queria agradecer aqui ao Nahuan. Nahuan, obrigada pela participação aqui na entrevista.

N – Muito bom, muito massa. Eu que agradeço aqui pela oportunidade.

C – E agradecer mais uma vez ao Assun a presença dele aqui no Terra do Som. Assun, o microfone é seu, e vamos de música também.

A – Vamos nessa. Vamos de música. Essa canção a gente gravou um clipe dela, chama Conhecimento. Eu fiz com um compositor muito sinistro aqui de Fortaleza, chamado Caiô. O menino é bom, viu? Ele é idealizador do Outra Galera e a gente fez uma parceria, Outra Galera e Assun, lançando essa canção chamada conhecimento.

C – Vamos lá.

Assun toca música Conhecimento.

C – Esse foi o Terra do Som. Hoje com produção de Theresa Rachel, Nahuan Gonçalves e Carolina Areal, apresentação de Carolina Areal e Nahuan Gonçalves e operação de áudio de José Raimundo Lustosa e recebendo Assun.

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