Fabrício Girão - Pra começar, eu queria saber do Leandro. Fazendo uma pequena contextualização, o Leandro é publicitário e trabalhava com o roteiro de peças e filmes, só que pra contar as histórias dos quadrinhos hoje conhecidos como Os Santos, ele escolheu o formato de história em quadrinhos. E a gente queria te perguntar, primeiro pedir pra você falar um pouco como surgiu essa história, por que ela surge, por que falar sobre esse assunto? E por que a escolha do formato de história em quadrinhos?
Leandro Assis - Me formei em publicidade e sou roteirista de cinema e de TV, mas sempre tive vontade de fazer quadrinho. Uns dois anos atrás, eu decidi fazer roteiros mais autorais, contar mais as minhas histórias, diferente do que eu vinha fazendo, que era ser contratado de uma produtora. Nesse momento de fazer essa decisão, de fazer roteiros mais autorais, eu descobri que a Apple ia lançar o iPad Pro, que permite você desenhar nele, e como eu sempre tive esse sonho em fazer quadrinho, mas nunca estudei formalmente desenho, eu resolvi então experimentar o iPad, para ver se eu conseguia, para ver se eu achava que dava pra fazer um quadrinho ali, e achei. Eu estou há um ano, um ano e pouco, experimentando a ferramenta, testando o software, e achei então que dava pra fazer um história em quadrinho, que seria pra mim o melhor dos sonhos, criar minha história, desenhar minha história, lançar um livro, e depois pensar de fazer disso cinema, série, o que fosse. Então comecei a usar o instagram para divulgar desenho, para fazer umas ilustrações, e vi que tinha esse formato, de fazer uma tira no instagram, usar 9 ou 10 desenhos para contar uma historinha. Comecei a fazer umas tiras de humor e depois senti falta de uma coisa mais crítica social, falar de um tipo de eleitor do Bolsonaro, aí surgiu a ideia de fazer a série Os Santos, que seria uma história longa, só que contada no formato de tiras pro instagram, pensada especialmente pro instagram.
Carolina Areal - No caso Leandro, você tem a parceria da Triscila, né? Triscila, eu já te conhecia das redes sociais, você é uma cyberativista feminista, de direitos humanos. Você tem o seu perfil no instagram, o @afemme1, que a galera pode te seguir lá, te acompanhar também, e você tem essa parceria com o Leandro. Acho que fica uma questão pra todo mundo: Como vocês conseguem se reunir para resultar nessas histórias de Os Santos, e nesse novo quadrinho, que é Confinada? (que a gente vai falar um pouco mais lá na frente). Mas como surgiu essa parceria Triscila, e como vocês desenvolvem esses trabalhos juntos?
Triscila Oliveira – Essa parceria surgiu através de um comentário relato que eu deixei em umas das tirinhas dele, porque eu tenho uma família de domésticas e uma bisavó que foi escravizada. Então, meu primeiro trabalho na vida foi faxineira, com 12 anos, porque eu precisei começar a faxinar. E ele estava contando a história de Os Santos, que antes era Os Bolsominions, e as domésticas começaram a protagonizar a história. São duas famílias, uma pobre e uma rica, e existem essas domésticas e ele queria contar essa história com mais propriedade, mas obviamente ele não teria como fazer isso, a partir do local de fala dele. E eu não fazia ideia de que ele já estava buscando essa parceria. Mas eu comecei acompanhar a partir da tirinha Manteiga, acredito que foi a que viralizou, e deixei uma comentário lá. Ele me chamou pra conversar e propôs a parceria, desde então a gente tem feito reuniões, através do Whatsapp, onde a gente debate ideias até chegar em um consenso, em uma harmonia de como a gente quer contar a tirinha.
Carolina Areal – Esses encontros são semanais, mensais... Como vocês mantêm uma estrutura? Porque eu acredito que cada um tem suas ocupações também cotidianas, então como funciona? Existem padrões de encontro ou não, vai muito das ideias que surgem ao longo do processo?
Triscila Oliveira - Cara [risos], a gente não tem mesmo um horário. Eu mando material que eu vejo no Twitter, por DM [mensagem direta] pra ele também, coisas que acontecem, notícias, tudo mais que a gente pode pensar sobre, adicionar alguma camada na tirinha. E no Whatsapp, principalmente pela diferença de fuso horário, eu mando uma notícia, alguma coisa, ele me manda no meio da madrugada uma mensagem. Toda hora é hora [risos], eu mando mensagem e a hora que ele ver, viu, aí responde.
Leandro Assis – As ideias estão surgindo também, então do nada um manda pro outro uma mensagem assim: “Próxima tira!”. Aí tem ali uma ideia, o outro responde, faz um comentário, acrescenta alguma coisa. A gente vai trocando [ideias] até que ver que tem a tira.
Triscila Oliveira – Isso, é assim, “Leandro, o que você acha da gente falar isso?”, “hm, eu já estava pensando aquilo”, “não, espera, o que você acha disso aqui?”. A gente faz muita pesquisa no Google também: “não, eu ouvi isso” ou “uma pessoa me enviou isso de tal lugar”, “então espera, vamos ver o que a gente consegue fazer”, “mas olha só, você viu a última que o Bolsonaro falou, vamos ter que falar disso em algum momento”.
[Todos riem]
Fabrício Girão - Eu entrei em contato com Os Santos pela primeira vez pelo Twitter, e lá, pelo menos, que é a rede social que eu mais domino, é muito popular, e acho que parte desse sucesso se dá pelo fato das HQs serem muito relacionáveis. As histórias que vocês contam são as histórias de muitas famílias do Brasil e do mundo, as pessoas se identificam de verdade, e a gente queria saber de vocês, a Triscila já falou um pouco sobre isso, mas são as vivências de vocês que vocês colocam nas HQs? São experiências que vocês passaram? Ou vocês recebem relatos de outras pessoas e isso acaba virando história também?
Triscila Oliveira – Têm muitas das minhas vivências, sabe? Lá n'Os Santos, as histórias das empregadas, as falas delas, são muitas das minhas vivências. A gente recebe muito relato, mas a gente tenta deixar o mais verossímil possível, tanto que ela tem essa reação visceral das pessoas, um consenso geral de que as tirinhas são sempre um soco no estômago, um tapa na cara, porque não é uma história, não é fantasia. A gente está contando uma realidade, mas de uma realidade, vamos dizer assim, uma realidade com leite condensado, uma maneira palatável de tomar um tapa na cara.
Fabrício Girão – Um tapa na cara agradável [risos].
Triscila Oliveira – É. [Risos]
Leandro Assis - Nas tiras, os representantes das duas famílias se identificam. Você tem as domésticas, ou ex-domésticas, ou parente de domésticas, que entram em contato dizendo que viveram ou estão vivendo aquilo. E tem também classe média, média alta, ricos que fazem comentários como “eu vejo isso na minha família”, “vivo muito triste”, “tento fazer essas pessoas enxergarem como estão agindo”, ou até pessoas que admitem, o que me surpreende um pouco mais, tipo, “olha, eu já fiz muito disso aí, mas eu me policio”, “as suas tiras estão me fazendo repensar certas coisas que eu faço, certo modo de pensar”. Hoje, eu recebi um comentário no Instagram de uma francesa que mora no Brasil há dois anos, agradecendo por estar entendendo melhor o Brasil pelas tiras. Você falou que é possível pessoas no mundo se identificarem e eu já recebi mensagens de gente de Angola, gente de outros países da América do Sul. Realmente é muito fácil de perceber a verossimilhança dessas histórias.
Carolina Areal – Sim, e o Fabrício disse que teve contato com as tirinhas pelo Twitter, e eu tive no Instagram, que é a rede social que eu mais uso, e era impressionante porque eu via as pessoas compartilhando, perfis seguidos compartilhando nos stories. Então, pensei: “Espera, vou olhar o que tantas pessoas compartilham” e, quando eu olhei, percebi como essas tirinhas são muito reais e como elas provocam uma revolta. Hoje, sou um seguidora, acompanho todas a tirinhas que vocês publicam. Eu fico indignada, porque reconheço essas histórias por pessoas próximas, pelo o que a gente escuta em relatos, e fica um questionamento que queria saber de vocês: Como a sociedade consegue naturalizar tanto situações como essas que vocês trazem em Os Santos? Por que eu me questiono isso todos os dias.
Triscila Oliveira – A gente está em uma período pós-abolição da escravatura, as pessoas tem dificuldade de ver pessoas negras em determinados espaços. A gente acompanhou a vitória da Thelma no BBB, e muita gente no período de votação das finalistas encontravam vários tipos de justificativas para não dar o prêmio para uma pessoas negra. Então, a gente ainda tem esse viés inconsciente e racista de que o lugar do negro e da negra na sociedade é na subalternidade. As pessoas têm uma dificuldade imensa de admitir isso, primeiramente, admitir que elas pensam e sentem que existe uma raça superior, que existem pessoas que são superiores a outras, baseadas na cor de pele, simplesmente baseado no seu nível de melanina. A gente, na tirinha, está falando de uma estrutura, estamos na superfície, mas mostrando como nossa sociedade está estruturada em racismo, em machismo e em capitalismo, que a gente vê claramente como as classes sociais são divididas e foram segregadas dentro da sociedade.
Leandro Assis – É exatamente isso, a gente tem uma elite no Brasil com uma mentalidade ainda escravocrata, que vê o pobre, e se for negro mais ainda, como subgente, que está ali para servir. Não é à toa que teve uma reação muito grande quando alguns avanços sociais foram conquistados e a gente ouviu aquele tipo de comentário deque o aeroporto virou uma rodoviária. Existe uma luta contra essas conquistas desde o golpe, desde o governo Temer, que agora piorou muito mais. Tudo que a elite puder fazer para naturalizar esse racismo, esse preconceito e esse apego da elite aos privilégios, eles vão fazer. A meritocracia serve para isso, você diz “chance de subir na vida todo mundo tem, quem não sobe na vida ou é vagabundo ou é porque não tem competência, e se está na favela é por um desses dois motivos”, e acabou, e pronto. Então se naturaliza desse jeito, é uma tristeza, mas é essa a realidade, é um apego aos privilégio que não tem fim no Brasil.
Triscila Oliveira – É necessária essa naturalização da meritocracia, da pobreza, porque o pobre precisa continuar condicionado onde ele foi posto historicamente, para que a elite se mantenha. Tem um teórico que fez uma pergunta “com quantos pobres se faz um rico?”, porque é isso, é necessário que exista pobre para existir rico, é assim que o sistema capitalista se mantém. Então, não é interessante que o pobre tenha acesso a educação, segurança, transporte… Não é interessante que o pobre seja humanizado, principalmente se esse pobre for negro, como é o caso da maioria no Brasil.
Leandro Assis – E isso de ser negro fica muito claro quando você vê o brasileiro de elite indo para Europa. Eu estou morando em Portugal e aqui não tem um incômodo tão grande do brasileiro que está viajando de entrar em um ônibus ou metrô e ficar ao lado de pobres, porque tem pobres na Europa também, só que eles na maioria são brancos, são europeus. Tem também indianos e angolanos, mas a maioria dos pobres vão ser brancos, assim como ele, daí não tem como o brasileiro se incomodar. Mas, quando tem negros é: "eles tem que está aqui pra me servir, por que eles estão aqui, sentados do meu lado?”. No Brasil, você vai andar em certos bairros, em certos lugares, principalmente nas favelas, em uma comunidade, a maioria das pessoas vão ser negras, e o incômodo do branco da elite é gigantesco.
FabrÍcio Girão – O branco brasileiro na Europa não só vai usar o transporte público como vai elogiar o transporte público [Risos]. E agora, nesse tempo da pandemia do coronavírus, que está revirando as nossas rotinas, que estamos ainda em isolamento social, vocês deram uma pausa em Os Santos e agora estão trabalhando em outro quadrinho que é a Confinada, que fala um pouco sobre o novo coronavírus, ao mesmo tempo que fala de uma questão tão atual que são os digital influencers. Por que falar sobre o coronavírus sobre essa ótica da internet? E vocês enxergam alguma semelhança entre a Confinada e Os Santos?
Triscila Oliveira – Manda ver Leandro. (Risos).
Leandro Assis – Bom, quando estourou a pandemia a rotina ficou mesmo de ponta cabeça, eu não conseguia nem fazer as tiras de Os Santos. Então, percebi que parte do problema era que eu não estava conseguindo desenvolver histórias pr'Os Santos tendo coronavírus ali como tema, porque a tira não era sobre isso, a série d'Os Santos não devia lidar com uma pandemia, não foi pra isso que a gente criou aquela série. Então, a gente conversou, percebeu que tínhamos que fazer uma pausa naquela série e pensar em outra, uma que pudesse tocar na pandemia, como essa questão de ficar em quarentena ou não, ter o privilégio de ficar em quarentena ou não, como isso funciona. Porque tem a ver com estilo de vida, com o tamanho da sua casa, se sua casa é gigantesca é mais fácil de ficar de quarentena, diferente se você mora em uma casa pequena com muita gente. Aí veio a ideia de um influenciador digital, porque são pessoas que tem esse estilo de vida e vivem expondo esse estilo de vida nas redes sociais, pareceu que contrapor uma influenciadora digital e sua empregada doméstica era interessante pra fazer, daria pano pra manga pra uma série. Eu respondi?
Triscila Oliveira – Respondeu [Risos]. E na série a gente consegue falar sobre várias camadas também. Eu tenho vários anos de internet, não só de cyberativismo, mas de perfil pessoal também. Eu acompanhei a saga de como as influenciadoras digitais começaram no Instagram, e é uma rede extremamente nociva, porque tudo é editado, vídeos, fotos, vidas perfeitas, todas as selfies sorrindo, todo mundo é feliz no Instagram, sabe? Por muitas vezes meninas mais novas abrem a rede, veem copos perfeitos, vidas perfeitas, relacionamentos que parecem perfeitos, declarações de amor, e se sentem mal com sua própria vida. Existem várias cyberativistas que falam isso, que corpo perfeito não existe, que essas pessoas tem uma equipe imensa por trás delas, elas tem academia em casa, nutricionista, e a gente vai atingindo várias camadas de hipocrisia em a Confinada. A gente ainda vai atingir mais camadas dela, dentro da pandemia, porque é necessário tocar nesse assunto, e, principalmente no Instagram, porque a personagem Fran tem um perfil, ela é influenciadora, e dentro do Instagram a gente tece uma crítica de tudo isso. É redundante, mas necessário.
Fabrício Girão - Os influenciadores trabalham quase com uma edição da edição, né? Não só fotos e vídeos editados, como você estava falando, mas também uma edição do que mostrar e do que não mostrar, e sempre o que se mostra é esse lado perfeito, essa coisa idealizada, linda.
Triscila Oliveira – Exatamente, se você entrar no perfil de um blogueiro de viagem você fica se perguntando “meu Deus, com o que essa pessoa trabalha pra ficar viajando o mundo inteiro? Como assim?”. Você acaba questionando sua realidade e desejando aquilo ali, é automático, você vê aquela vida perfeita e pensa “caramba, eu quero isso, eu quero no meio da semana está tomando champanhe em um iate, eu quero estar em Angra”, sabe? Então, o que está por trás daquilo ali que ninguém vê? A gente teve uma fofoca de uma blogueira, que muita gente associa à Fran, e acredito que ela foi uma inspiração pro Leandro.
[Todos riem]
Carolina Areal – Foi proposital, Leandro, ou foi pura coincidência?
Leandro Assis - Quando a gente começou a pensar nas influenciadoras, vimos várias. A Triscila, que conhece mais a internet, me apresentou várias também, até algumas lá de fora. Terminei de ler um livro sobre influenciadoras digitais, fomos realmente pesquisar. É claro que ela, a Gabriela Pugliesi, era uma das que a gente pesquisou, mas tem um pouquinho de um monte, não focou em uma só. A gente está até brincando, eu e a Triscila, que a gente se inspirou em várias, mas parece que agora a Gabriela Pugliesi está pedindo pra ser a protagonista exclusiva da série, porque aconteceu muita coisa com ela. [Todos riem]. Antes de acontecer essa polêmica da festa em casa, nós já tínhamos a ideia de fazer a nossa influenciadora fazer uma festa em casa. Depois, eu vou postar nossa conversa no Instagram para não dizerem que a gente está se inspirando demais nela, para verem que ela é anterior a festa da Gabriela Pugliesi. Mas é isso, não nos inspiramos só nela, mas ela foi uma das pesquisadas.
Fabrício Girão – É até uma coisa meio surreal, porque a Confinada não é tão antigo, é bem recente, e depois que estourou essa polêmica da festa eu fiquei pensando: “gente, o que é isso, o quadrinho estreou um dia desses e já ganhou um versão em live action? Já está adaptado?”
[Todos riem]
Triscila Oliveira – Live action, adorei! Mas é isso, infelizmente vamos ter que dar esse spoiler aí, porque tem muita gente achando que é inspirado nela. Tem lá, nossa conversa no Whatsapp, já estávamos falando sobre isso, dela dar uma festa em casa ou furar a quarentena e ir para a festa de uma pessoa. É assim, estamos no meio do processo de criação e vai surgindo material de todos os lugares, de todas as pessoas, e vamos filtrando quando e como abordar as coisas.
Carolina Areal – Eu acabo problematizando muito as coisas, e pensando muito, e quero saber de vocês, o que vocês pensam? O que vocês sentem? Dá pra ser otimista com o que a gente vive no Brasil?
Triscila Oliveira – Pergunta difícil, né Carolina? Caramba [risos]. Sinceramente, eu sempre mantenho um fiapo de esperança. Ao longo dos anos, eu acompanhei o golpe, todas as movimentações das pessoas, do “tchau, querida”, do panelaço no meio da rua, depois veio prévias de eleição 2018, a gente achava que teria sido o ano mais conturbado do Brasil. Eu estava com o @afemme1, sofri muitos ataques, tentaram várias vezes derrubar o meu perfil, eu via a movimentação das pessoas e como elas estão todo tempo se movimentando para cultuar um herói. E qualquer pessoa que chega falando “vamos mudar isso aí, tá ok?” vira um herói, então é muito difícil realmente manter a esperança. Estava até lendo agora a pouco umas pessoas falando “isso vai passar”, reafirmando que isso vai passar, e que a gente tem que voltar a normalidade, mas que normalidade? São vários indicadores de violência, de desigualdade, que normalidade é essa que as pessoas aspiram voltar? Porque se for a normalidade de dois meses atrás eu não quero voltar não, sabe? Então, a normalidade que a gente devia aspirar voltar é uma reestruturação da sociedade, uma diminuição desse grand canyon que é a desigualdade social. Eu continuo com o @afemme1, esse ano o perfil faz 5 anos, porque eu tenho esperança, mas agora falar que eu sou uma pessoa 100% positiva, eu não sou não.
Carolina Areal – E você Leandro?
Leandro Assis – Eu sou muito pessimista. Sempre acho que vai melhorar, mas racionalmente eu sou pessimista. Mas sempre se tem essa esperança. Se não tiver esperança a gente nem faz essa tira, nem faz essa série, então esperança a gente tem de alguma coisa acontecer, mas a gente tem esse pessimismo também.
Carolina Areal – Vocês têm outros trabalhos, outros projetos, que vocês queiram divulgar, convidar as pessoas para conhecerem? Sintam-se à vontade.
Triscila Oliveira - No momento não tenho outros projetos, tenho alguns sonhos, mas no momento não estou com outros projetos.
Carolina Areal – Mas a pessoas podem te seguir lá no @afemme1, no Instagram, no Twitter, acompanhar os debates que você faz por lá.
Triscila Oliveira – Podem sim, eu estou sempre produzindo algum material pro @afemme1, sempre tentando redesenhar, e elas podem seguir, tem muito conteúdo já, e eu estou rascunhando a produção de mais conteúdos para deixar disponível lá.
Carolina Areal – Massa, e você Leandro?
Leandro Assis – Bom, tem Os Santos, a Confinada e tem um livro que é o projeto de um amigo meu, um youtuber canábico, chamado Molusco, vamos lançar um livro com as histórias dele, as aventuras dele de juventude, os contos dele, em prosa. Eu ilustrei esse livro e fiz um quadrinho. Tem uma editora que a gente está lançado pra isso, outros projetos, outros livros de outras pessoas sobre esse tema, que é a Moluscomix. Se alguém quiser dar uma conferida é moluscomix.com.br.
Fabrício Girão – Então pessoal, muito obrigado por terem aceitado conversar com a gente e estamos aqui para qualquer coisa.
Leandro Assis – Valeu pessoal, adorei o papo!
Triscila Oliveira – Obrigada, gente!