Imagem do filme "A Balada de Narayama" (1958). No longa, uma aldeia do Japão tem uma tradição na qual parentes mais jovens carregam familiares com mais de 70 anos para o topo da montanha Narayama, para morrerem lá. Orin é uma senhora de 69 anos cujo filho, Tatsuhei, não aceita essa tradição. A história pode ser lida como uma metáfora para o processo de enlutamento e aceitação.
O luto faz parte da vida. Falar sobre morte, muitas vezes, é um assunto mal visto em nossa sociedade. É decerto um tema delicado, mas que, se ignorado, alcança status de tabu. Professor do curso de Psicologia da UFC, Gustavo Moura é coordenador do Cosmos (Centro de Orientação sobre a Morte e o Ser) e também do Grupo de Perdas e Luto da clínica de psicologia da UFC e conversou com a Universitária FM sobre o trabalho do grupo e sobre a superação da ideia negativa atrelado ao processo de luto.
Sendo um projeto de extensão, o Grupo de Perdas e Luto baseia-se justamente na ideia do "além-dos-muros" da Universidade. O grupo, então, é aberto à sociedade e os estudantes do curso que fazem parte dele têm contato com diferentes faces e fases do processo de enlutamento. Do outro lado, as pessoas enlutadas têm no grupo um espaço gratuito e aberto, que acolhe suas dores, ajuda na superação e desmistifica a perda. Confira a entrevista:
Os encontros do Grupo de Perdas e Luto estão ocorrendo sempre às terças-feiras, das 17h30 às 19h, na Clínica de Psicologia.