01/04/22

Teorias raciais e campos de concentração no CE

Os “currais do governo”, como ficaram conhecidos os campos de concentração da Seca de 32, no Ceará, confinaram quase 74 mil retirantes. Apenas o Campo do Patu, em Senador Pompeu, ainda mantém visíveis as 15 edificações que lembram essa história (Foto: Gustavo Gomes/EBC)

As teorias raciais do final do século XIX cruzam as décadas de 1930 e 1950 e chegam aos dias atuais. Do passado ao presente, pessoas escritas como inferiores seguem à margem das políticas públicas. Por esse caminho, a pesquisadora Kenia Sousa Rios, professora de História da UFC, reencontra os retirantes cearenses. Ela estuda a seca, no Ceará, há mais de 25 anos. Os estudos retratam o incômodo das elites com a presença dos pobres que fugiam das estiagens e como as políticas públicas serviram para o controle dos flagelados.

A pesquisa segue, agora, os passos do racismo a partir da Grande Seca de 1877.
De acordo com as teorias raciais da época, o negro e o índio deram origem a outro tipo inferior: o sertanejo, explica a professora.

Ouça na reportagem de Ana Mary C. Cavalcante:

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