08/06/18

Programação de São João em Fortaleza

A quadrilha junina Babaçu se prepara durante todo o primeiro semestre para as apresentações que acontecem nos festejos juninos de Fortaleza (Foto: Reprodução/Youtube)

Fortaleza, capital do Ceará, recebe milhares de pessoas nos festejos juninos. Este ano, a expectativa é grande para a festa tradicional considerada uma das maiores do estado. Em edições anteriores, diversos artistas conhecidos em todo Brasil se apresentaram nos eventos juninos da capital cearense. Mas para além dos shows, as quadrilhas tradicionais também já estão se organizando. Erik Barbosa, diretor de pesquisa e criação da quadrilha junina Babaçu, uma das tradicionais do estado, fala das expectativas para este ano:

"Abrange aí o primeiro semestre todinho, de onde vai ensaios coreografados, ensaios com a banda que rege a nossa música, o espetáculo musical: duas vezes na semana com músicos e o final de semana com o corpo de baile da quadrilha junina. Aí a gente se prepara por todo esse período."

O evento de maior culminância das festividades juninas de 2018 a ser realizado em Fortaleza, com a participação de até 21 quadrilhas juninas adultas, é o Campeonato Estadual Festejo Ceará Junino, que reúne quadrilhas vencedoras dos Festivais Regionais de Quadrilhas Juninas. O evento inclui cidade cenográfica, decoração com elementos do ciclo junino, feiras de comidas típicas e apresentações artísticas da cultura popular próprias desse período. Erik Barbosa, diretor de pesquisa e criação da quadrilha junina Babaçu, diz que essa estrutura se assemelha muito ao já tradicional carnaval do Rio de Janeiro:

"Hoje em dia, [os festejos juninos] exigem um nível de profissionalismo muito grande das quadrilhas juninas. Eu até comparo com as escolas de samba lá no Rio de Janeiro, que é um movimento cultural e artístico deles. E, aqui no Nordeste, a quadrilha junina ganha essa força de movimento cultural. Aí exige essa preparação muito maior também de tempo. Não dá pra fazer aquela coisa mais improvisada, aquela brincadeira que era conhecida na década de 1990. Desde os anos 2000, já vem se tornando uma coisa muito profissional com muitas competições, tanto a nível regional como nacional." 

Reportagem de Vânia Tajra para o Jornal da Universitária

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