Ouça "Número de casos da virose da mosca se multiplicam nessa época do ano" no Spreaker.
É preciso se manter alerta, faça chuva ou faça sol.
A popular “virose da mosca” não dá trégua: diagnosticada como gastroenterite viral, a doença se propaga, com rapidez, em épocas chuvosas ou de altas temperaturas.
Mais de 2.700 casos de virose da mosca foram registrados, nas Unidades de Pronto Atendimento do Ceará, somente nas duas primeiras semanas deste ano. O número de atendimentos se multiplica, e a doença tem atingido uma média de cinco mil pessoas, no Estado, a cada semana.
Os sintomas variam de pessoa para pessoa, segundo o médico Sandro Bandeira, da UPA da Praia do Futuro, em Fortaleza. Diarreia, vômito, febre e dores abdominais são considerados os mais comuns e podem durar até cinco dias.
O médico Sandro Bandeira, chama a atenção para os sintomas mais graves e que podem se prolongar por cerca de duas semanas.
"Desidratação, desmaios, queda da pressão em níveis muito mais graves e a sepse, que é a infecção abdominal, que são os casos mais críticos e graves."
A virose da mosca é transmissível e é muito comum, nesta época do ano, também por conta dos eventos com aglomerações e da volta às aulas. De acordo com especialistas, as crianças estão mais expostas à doença e transmitem o vírus com facilidade.
Lavar bem as mãos e guardar os alimentos em recipientes fechados são algumas das práticas que evitam o problema. O médico Sandro Bandeira destaca que a prevenção é cotidiana.
"É basicamente o cuidado com a água, com os alimentos consumidos. Você tem que ter cuidado com os dejetos que os animais proliferadores podem fazer, que um deles é a mosca, mas também pode ser outros, como as formigas, as baratas, então cuidado com os dejetos. Ou seja, selar bem o lixo e encaminha-lo de forma correta, não deixa-lo exposto, que com isso minimize o contato destes vetores com lixo contaminado, que isso possa atingir a água e os alimentos consumidos."
Nos casos de febre alta, vômitos e dores fortes, a orientação é buscar atendimento na UPA mais próxima, que recebe os casos de urgência e emergência. Já o posto de saúde é indicado para os problemas sem maior gravidade. Especialistas recomendam ainda beber bastante água e manter uma dieta equilibrada, até que os sintomas passem.
Reportagem de Ana Mary C. Cavalcante