Integrante do polo cultural do Benfica e importante equipamento de valorização artística em Fortaleza, o MAUC, Museu de Arte da UFC, comemorou seus 57 anos de existência. O acervo do museu é composto por cerca de 7 mil obras de artistas locais, nacionais e até internacionais, como Raimundo Cela, Antônio Bandeira e Jean-Pierre Chabloz.
Além das 12 salas de exposição das obras, divididas entre permanentes e temporárias, o MAUC também possui uma biblioteca de arte com mais de 7 mil títulos. E um exemplo de como esse espaço é relevante para a comunidade é o fato de ter recebido, em 2016, o Selo Memória do Mundo da UNESCO.
Tendo em vista esses fatos, a museóloga do MAUC Graciele Siqueira explica como o acervo do museu é valioso para o cenário artístico, com suas coleções de xilogravura, artes plásticas e arte estrangeira.
“A gente tem uma coleção que é considerada uma coleção de referência, na questão de cultura popular. A gente pode destacar os nomes de Chico da Silva, Aldemir Martins, Raimundo Cela, Descartes Gadelha e Antônio Bandeira, então a gente tem coleções no acervo do Museu de Arte que o caracterizam como um museu singular, como um museu de importância, as coleções do MAUC são consideradas referências para a nossa cultura, para a Universidade Federal do Ceará. É um patrimônio brasileiro, porque são coleções que não precisam ser apresentadas, só de citar o nome delas, elas já falam por si, pela sua importância.”
Além da sala de Arte Cearense, foram feitas renovações nas salas Antonio Bandeira, Raimundo Cela, Os Fundadores e Arte Estrangeira (Foto: Ribamar Neto/UFC)
Comemorado no dia 25 de junho, o aniversário do museu contou com a reformulação de 4 salas de exposição permanente e com a inauguração da sala de Arte Cearense. Graciele Siqueira reforça, ainda, a missão do MAUC de valorizar o cenário artístico local.
“A gente criou a sala de Arte Cearense com artistas que não necessariamente sejam cearenses, mas que participaram do cenário artístico do Ceará e que, ao longo desses 57 anos do MAUC, expuseram aqui com a gente. Escolhendo artistas que expuseram aqui na década de 60, 70, até a atualidade, então a gente tem uma sala bem eclética de artistas que ainda estão aqui produzindo, como é o caso de Sebastião de Paula, Francisco de Almeida, Sérgio Lima, vários nomes que ainda estão aí, assim como nomes antigos: Estrigas, Nice, Barrica, José Fernandes.”
Além da sala de Arte Cearense, o MAUC também inaugurou o site do museu, com informações sobre a história, o acervo, as exposições realizadas e galerias de fotos. Para ter acesso a essas informações, é só acessar o site: www.mauc.ufc.br
Matéria feita por Maryana Lopes com orientação de Carolina Areal
