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O Museu da Cultura Cearense, do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, abriu, neste sábado a exposição gratuita "Festa, Baia, Gira, Cura" nas salas 1 e 2. A mostra pretende promover a reflexão sobre os estigmas associados às religiões de matrizes afroindígenas, sensibilizando e conscientizando para a importância do combate às intolerâncias associadas a esses preconceitos. Valéria Laena, assessora do Museu da Cultura Cearense, dá mais detalhes.
"É uma exposição que um antropólogo artístico e macumbeiro Jean dos Anjos nos oferece em homenagem ao terreiro Cabana do Preto Velho da Mata Escura Ilé Àse Ojú Oya, e com curadoria de Marília Oliveira e Rafael Escócio. A exposição é dividida em quatro módulos ou temas e é especialmente comemorativa aos quarenta anos desse terreiro. Mas é também uma forma de reconhecimento e ampliação do enfoque sobre africanidades e afrodescendências na cultura cearense."
O artista traz, com a exposição, a discussão sobre o racismo religioso como crime previsto em lei, além de apresentar a riqueza cultural das práticas, oferendas, danças, santos e cantos. "Festa, Baia, Gira, Cura" nasce a partir da historicização do terreiro homenageado. O título surge a partir de elementos primordiais nas celebrações afroameríndias e das vivências do pesquisador. São apresentadas fotografias e materialidades das festas e rituais do terreiro, com enfoque especial para a festa da Rainha Pombagira Sete Encruzilhadas e Exú, a qual ele acompanha desde 2013. Valéria Laena fala sobre a visitação.
"Pode ser visitada de quarta a sexta, de 9h às 18h, e aos sábados e domingos, de 13h às 18h. Lembrando sempre que a entrada é até às 17h30. Ela [exposição] fica até 28 de janeiro de 2024. Não percam."
O Museu da Cultura Cearense fica no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, localizado na Avenida Presidente Castelo Branco, S/N, em frente à Praça Cristo Redentor. Mais informações em dragaodomar.org.br.
Reportagem de Síria Mapurunga
