Aliados na saúde e na cura, os exercícios físicos se mostram, cada vez mais, importantes tanto na prevenção como no tratamento de doenças. Nos casos de problemas cardiovasculares, a prática regular de atividade física é capaz de combater fatores de risco e também tem sido inserida na recuperação de pacientes após cirurgias cardíacas, infartos ou transplantes.
A fisioterapeuta Socorro Quintino, coordenadora do Programa de Reabilitação Cardíaca do Hospital de Messejana, em Fortaleza, lembra que grande parte das doenças cardiovasculares está associada aos riscos do sedentarismo, do tabagismo e da obesidade.
A reabilitação desses pacientes conta com a prática de exercícios, inclui a fisioterapeuta:
"Eles chegam já para a prevenção secundária, ou seja, o paciente já sofreu algum evento cardiovascular. Além da medicação, o paciente precisa controlar o peso, a pressão arterial, aumentar a capacidade cardiorrespiratória e assim diminuir o risco cardiovascular."
Nesses casos, a especialista considera que o exercício físico promove o condicionamento aeróbio que contribui para a diminuição do fator de risco. No Programa de Reabilitação Cardíaca do Hospital de Messejana, os treinos são em esteiras, bicicletas ou com pesos livres, entre outros recursos. Atualmente, são atendidos cinquenta e dois pacientes, informa Socorro Quintino:
"Com exercícios, com acompanhamento nutricional, psicólogo também porque a gente sabe que o estresse é um problema também importante que contribui muito com a descompensação dessas doenças, nós trabalhamos com a equipe multidisciplinar, com a preocupação realmente no controle dos fatores de risco."
Ela fala ainda sobre os pacientes indicados a programas de reabilitação baseados em exercícios:
"Pacientes com doença arterial coronariana, com insuficiência cardíaca, transplantados cardíacos e pacientes que ainda não tiveram nenhum evento mas que tem fatores de risco, hipertensão, diabete, obesidade, sedentarismo, esses podem ser as indicações mais precisas para programas de reabilitação baseados em exercício."
A especialista lembra que, para cardiopata participar de um programa de exercícios, o primeiro passo é fazer uma avaliação cardiológica ampla. Somente o cardiologista pode encaminhar o paciente de forma segura, depois de realizar testes de esforço, entre outros exames.
Reportagem de Ana Mary C. Cavalcante.