A amamentação é uma das fases mais importantes e delicadas durante o desenvolvimento de um bebê. Os benefícios gerados por essa prática se refletem na imunidade do bebê até a vida adulta, no desenvolvimento neurocognitivo e na saúde bucal. Além disso, a relação entre a mãe e o filho também é fortalecida durante a amamentação.
Apesar desse cenário, muitas mulheres enfrentam dificuldades nesse processo com o posicionamento incorreto do bebê, que acaba gerando fissuras, ingurgitamentos, conhecidos popularmente como mamas pedradas, e até infecções, como a mastite. A empresária Fabíola Tito, que tem uma filha de 4 meses, cita algumas dessas dificuldades iniciais:
“Os 12 primeiros dias de vida da minha filha foram bem complicados porque ela chorava muito. Eu acreditava que ela estava se alimentando, mas na verdade ela não estava, porque eu estava com meu peito machucado, muito pedrado, e acreditava que ela tava mamando mesmo assim. Então, ela só sugava o leite magro e saciava um pouquinho a fome dela naquele instante, mas ela não engordava e não se alimentava bem. Ela passou esses 12 dias chorando desesperadamente, foram 12 dias sem dormir. Graças a Deus eu tive o apoio da minha família e da Maternidade Escola pra poder conseguir seguir com a amamentação."
A enfermeira Janaína Landim, chefe do Banco de Leite da Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC) da UFC, também deu dicas para auxiliar nesse processo de amamentação:
“As dicas que a gente faz são em relação à pega do bebê, a pega correta. O bebê tem que estar bem posicionado, barriga com barriga, com o rosto de frente para a mama, a boca do bebê tem que estar bem aberta. Essa pega e posicionamento correta faz com que não tenha tanto a fissura, quanto o ingurgitamento. Caso a mãe, além do bebê ter mamado, ainda ficar com a mama cheia, é preciso fazer a massagem.”
Tendo em vista a importância do leite materno para o desenvolvimento do bebê, a atuação dos bancos de leite também é de extrema importância para algumas pessoas. Por esse motivo, no dia 19 de maio foi comemorado o Dia Mundial da Doação de Leite Humano, que tem o objetivo de conscientizar e sensibilizar mães que possam ter condições de doar. A empresária Fabíola Tito, que também é doadora de leite para a MEAC, explica o que motivou essa atitude:
“Eu sei que o leite materno é muito importante pra criança. O meu sentido de fazer a doação foi justamente de ajudar esses bebezinhos, que muitas vezes nascem prematuros, não têm força pra sugar o peito. A mãe, às vezes, está muito debilitada por toda a situação. O meu sentido de fazer essa doação é para que todos esses bebês tivessem os mesmos benefícios que minha filha estava tendo.”
A MEAC da UFC fornece leite, atualmente, para 66 bebês internados nas UTIs e o hospital conta com um estoque de cerca de 50 litros. O leite é recolhido na casa da doadora pelo motorista da MEAC e a maternidade sempre incentiva às mães interessadas a doarem, para que possam ajudar mais bebês.
A Maternidade Escola da UFC disponibiliza um telefone de contato para mais informações. O o número é 3366-8509.
Matéria feita por Maryana Lopes com orientação de Carolina Areal.