Tango, coco, baião, samba e maracatu. Toda essa mistura de ritmos faz parte do repertório musical de Sara Lizz. Ao lado do baixista Daniel Calvet e do baterista Arilton Filho, Sara emerge no cenário artístico cearense como uma nova cantora e compositora de trabalho autoral.
A artista começou sua trajetória na música ainda em 2004 como vocalista de um sexteto chamado Vinil Elétrico. Após essa primeira experiência, que durou quatro anos, a cantora seguiu um caminho comum entre jovens artistas: tocar em bares noturnos. Sara comenta que essa época de sua vida lhe ensinou, “na marra”, a se virar sozinha na agitação da noite fortalezense.
Entretanto, apesar da época de apresentação em bares, a vontade de ter um trabalho próprio nunca abandonou a imaginação de Sara Lizz. Ela afirma que seu “objetivo principal” sempre foi escrever letras e arranjos autorais e, em 2014, a compositora resolveu deixar o cover de lado e focar em sua trajetória. Já em 2016, Daniel e Arilton se reuniram nessa empreitada e, com a entrada deles no projeto, o trio "conseguiu, de fato, dar uma cara nova nas músicas”, afirma.
Graduação em música
Para além da carreira de cantora, Sara Lizz estuda Música na Universidade Federal do Ceará (UFC). Segundo ela, a graduação é um “facilitador” para suas pretensões musicais, já que, paralelo ao seu trabalho, Sara também é professora de música. É uma “nova possibilidade de ouvir coisas diferentes", comenta a artista.
Na UFC, Sara participa de dois projetos de extensão: a Camerata de Cordas e a Orquestra Sinfônica. Sua habilidade para tocar violoncelo foi a "porta de entrada" para os dois grupos. Aos poucos, a artista começou a produzir arranjos e, logo, uma de suas composições entrou para o repertório da Camerata. Sara afirma que ficou “muito emocionada” quando ouviu, pela primeira vez, seus acordes sendo tocados.
Uma brasiliense com o coração do Ceará
Sara Lizz nasceu em Brasília e com 12 anos incompletos veio morar com parentes em Fortaleza. Filha de uma mãe cearense, a artista afirma: abracei Fortaleza logo de cara. Passados 20 anos desde a mudança, a afeição com a cidade alencarina só aumentou. Segundo a artista, o Ceará está repleto de "coisas maravilhosas".
"Você não escolhe onde nasce, mas você escolhe onde quer permanecer", afirma Sara quando questionada sobre as raízes de suas origens. Com uma trajetória musical de fortes traços cearenses, a artista brinca: "agora eu vou decepcionar o povo de Brasília, mas meu coração é mais cearense".
Confira a entrevista* na íntegra:
*Esta entrevista foi concedida nos estúdios da Rádio Universitária FM no dia 3 de outubro de 2017.
A seção Ceará Sonoro teve produção e apresentação de Otávio Fernandes; operação de áudio de José Raimundo Lustosa; orientação de Carolina Areal e Igor Vieira; coordenação de Caio Mota; e direção de Nonato Lima.