Orquestra Sinfônica da UECE em concerto no palco principal
do Theatro José de Alencar, em Fortaleza (Foto/Divulgação)
Silêncio nos bastidores, foco de técnicos e equipe de produção, à medida que cresce a expectativa pelo início do espetáculo. Os músicos estão posicionados no palco, com várias partituras dispostas nas estantes, e aguardam a entrada do regente. O ritual segue a partir das suaves notas do oboé; a primeira massa sonora preenche o teatro, enquanto são afinados todos os instrumentos. O maestro adentra a cena, cumprimenta o spalla, primeiro violino e um dos regentes assistentes, sorri para o público, e, com a batuta na mão, começa o repertório programado para aquela noite. A plateia aplaude e se prepara para mais um encontro com a música de concerto.
Nesta semana, a seção Ceará Sonoro apresenta o trabalho da Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual do Ceará (Osuece), em um bate-papo com o maestro Alfredo Barros, regente titular e diretor artístico da orquestra, e o músico e produtor Tauí Castro. A Osuece foi fundada em 2009, como projeto de extensão e laboratório de pesquisa do curso de bacharelado em Composição Musical da UECE, em Fortaleza. O repertório é dedicado à música erudita, mas também reserva espaço para as músicas brasileira e nordestina, bem como as produções experimentais dos alunos formados pela instituição.
Foto: Filipe Pereira
Para se tornar Orquestra Sinfônica, o grupo consolidou um núcleo de cordas friccionadas (violino, viola clássica, violoncelo e contrabaixo), instrumentos de sopros (flautas, clarinetas, trompas, entre outros) e percussão. As fases anteriores de Camerata e Orquestra Contemporânea do Ceará foram delimitadas pelo contingente e pela variedade de naipes, conjuntos de instrumentos distintos, como cordas, madeiras e metais.
A Osuece tem se apresentado em projetos de formação de plateia, sediados em espaços públicos e centros culturais, como o Theatro José de Alencar, o Cineteatro São Luiz, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e o Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB). Dessa forma, a orquestra é um dos grupos que movimenta o cenário da música instrumental na capital cearense, e traz resultados de inclusão social e acadêmica, revelação de novos talentos e geração de emprego e renda. Para a temporada de 2016/2017, o público poderá acompanhar a programação dos projetos Cardápio Musical (CCBNB) e Pôr do Som (Dragão do Mar), e novos concertos com trilha sonora de filmes no Cineteatro São Luz.
Ouça a entrevista completa sobre a Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual do Ceará*:
*Entrevista realizada nos estúdios da Rádio Universitária FM em 09/08/2016.
