No princípio, era o silêncio. O início da epidemia de aids, há mais de quarenta anos, foi marcado pelo medo. Inclusive, o medo da vida. Os primeiros protocolos de atendimento não orientavam sobre a gravidez das mulheres infectadas com o HIV. Uma memória desse tempo são as mulheres soropositivas que foram laqueadas sem o próprio consentimento. Quem conta a história é a professora Marli Galvão, do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará (UFC). Junto com o Núcleo de Estudo em HIV/AIDS e Doenças Associadas da UFC, ela organizou uma cartilha educativa para o planejamento reprodutivo de pessoas com HIV/AIDS.