Foto: Paulo Watanabe
O mês de março inicia um ciclo de homenagens, entrevistas e memórias sobre as mulheres e com a fala da mulher em evidência no Site da Universitária FM. A sessão Ceará Sonoro, assim como a Entrevista e a sessão Memória, busca, neste mês, a opinião e o pensamento da mulher sobre a mulher em diversos setores e valores; o pensamento, as escolhas e as problemáticas de ser mulher na contemporaneidade brasileira.
Karine Alexandrino é um dos expoentes da música e da arte contemporânea no Ceará. A artista lançou em 2015 seu terceiro álbum Mulher Tombada, o último da tríade que inclui Solteira Producta, de 2007 e Querem Acabar Comigo, Roberto de 2009. Para Karine, o termo tombamento vem de patrimônio, mas surge também da queda: de cair e se levantar toda vez.
Karine afirma que "o machismo não acabou e não vai acabar." Que é preciso renovar, entender e se reinventar cada vez. A artista fala sobre a desigualdade de direitos e que o feminismo deve sempre se renovar. "Essa sobrecarga, de prover uma família e ainda representar um papel na sociedade como se fosse ainda uma época medieval. Cuidar do homem, cuidar da casa, ter dinheiro. O que acontece é a sobrecarga. A solidão."
A solidão ancestral e a expectativa que há no romântico é também o que move a arte de Karine. Com um álbum que fala de mágoa, de superação e de levantar da queda, do tombamento, em constante reinvenção, Karine é um simbolo de uma mulher inventiva, identitária e experimentalista.
Sobre novos projetos, Karine Alexandrino cita o livro, que deseja lançar no final do ano com a exposição da Mulher Tombada, Livro de Auto Ajuda-me da Mulher Tombada.
Escute abaixo a entrevista: