No programa Caminhos da Cultura, produzido e apresentado por Ricardo Guilherme, o cantor cearense Belchior faz uma análise e autocrítica da sua obra, comentando a história e o simbolismo das músicas que interpreta.
Nesta entrevista, Belchior faz principalmente uma reflexão filosófica sobre o fazer arte e interpretá-la e a relação de suas músicas com a memória comum de ser nordestino, assim como o seu contato com o concretismo, a poética de invenção. Belquior fala a poesia que existe em ser artista e ser cearense, dificuldades e complexidades.
Intercalando clássicos, músicas marcantes da carreira do artista com comentários do mesmo sobre o próprio trabalho, o Caminhos da Cultura toca em como para Belchior a arte funciona como forma de conhecimento do real, de ataque ao real, nas palavras do próprio artista.
O programa é permeado por clássicos como na hora do almoço, mote e glosa, a palo seco, apenas um rapaz latino americano, como nossos pais, entre outros.
O artista cearense está desde 2008 em exílio do país por vontade própria, Belchior não deseja a exposição de celebridade e fazer shows. Em busca de cessar a saudade do artista, o memória traz a entrevista histórica de Belchior à Rádio Universitária.
"Fundamentalmente, meu trabalho é norteado por duas grandes matrizes. Uma é apresentar uma música nordestina contemporânea, e o desejo de mostrar a viabilidade de um projeto de afirmação de ideias de sentimentos a nível de trabalho. Ambas se pretendem auto biográficas, contemporâneas e nordestinas."
Nossa eu que sou fã e por muito tempo não tinha informações desse grande artista essa entrevista caiu do céu…
Gente, que coisa maravilhosa!
Quando essa entrevista foi realizada?
Gênio, gênio, gênio. Apenas.
Belchior é simplesmente umas das maiores riquezas da música popular Brasileira. Para mim, um grande gênio do sol. Belchior, cada vez que ouço as suas músicas te admiro cada vez mais. A sua sensibilidade, sua inteligência, seu olhar sentimental sobre a vida, sobre as pessoas, sobre o cotidiano, passando emoção e crítica, nos fazendo refletir sobre a existência humana. É hora do almoço, é uma música que me identifico demais, pois era assim que minha amada vó ( saudosa) me chamava inúmeras vezes na hora do almoço. Moço, moço, é hora do almoço! Esse seu modo de compor tão real, tão vivo, tão profundo sobre nosso dia a dia é que me fascina. Você é uma benção para nossos ouvidos! Que Deus te ilumine, te abençoe e que tenhas muitos e muitos anos de vida, para sempre nos presentear com tanta inteligência em suas composições! Amamos você!!! Sua obra já se eternizou em nossos corações e nos de muitos que ainda virão, você já é uma lenda!