Foto do filme “A Hora e a Vez de Augusto Matraga”, filme adaptado do livro homônimo de Guimarães Rosa.
A Rádio Universitária FM relembra, hoje (6), a entrevista com a professora de cinema na Escola de Comunicação e Artes da USP Ana Maria Balogh, feita para o programa Opinião, com apresentação de Fátima Leite, no dia 30 de outubro de 1985. A professora, que também é pesquisadora na área de adaptação de textos literários para o cinema, comenta sobre alguns aspectos característicos do cinema brasileiro, além de suas dificuldades de consolidação e das expectativas de futuro.
Ana Maria avalia o potencial de adaptação entre literatura e cinema no Brasil, afirmando a possibilidade de coexistência saudável entre os dois recursos. Na época, o cinema brasileiro era palco de uma série de mudanças consideráveis, como o interesse em se criar produções cada vez mais descentralizadas, livres do monopólio existente entre Rio de Janeiro e São Paulo. O cinema novo, considerado restrito, perdia espaço para conteúdos mais populares, ou seja, o novo público desejava produções mais plurais, que representassem outras regiões e classes sociais. A competição com a TV e os problemas enfrentados decorrente da apropriação estrangeira das produções cinematográficas também são colocadas em pauta.
Ana Maria Balogh
Graduada em Letras (1970) e mestre em Ciências da Comunicação (1980) pela Universidade de São Paulo, além de doutora em Literaturas Estrangeiras Modernas na Universidade Complutense em Madrid em 1979, Ana Maria é, atualmente, professora titular da Pós-Graduação em Comunicação e Mídia da Universidade Paulista, sendo uma referência na área de linguagem audiovisual e uma excelente pesquisadora sobre cinema e literatura.
Ana Maria também é pesquisadora na área de adaptações de textos literários e artes na USP e já teve uma experiência como co-roteirista no filme "Tigipió", lançado em setembro de 1985 e com direção de Pedro Jorge de Castro.
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