(Foto: Filipe Pereira)
Em sua 26ª edição, o Festival Ibero-Americano de Cinema (Cine Ceará) já está consolidado na programação cultural do Estado. Neste ano, o festival, que ocorreu de 16 a 22 de junho, elege o cinema mexicano como tema e contou com atividades em vários pontos da cidade, como o Cineteatro São Luiz, o Cinema do Dragão - Fundação Joaquim Nabuco e a Casa Amarela Eusélio Oliveira.
A equipe do site da Rádio Universitária FM compareceu à abertura do evento. Entre câmeras e microfones, sob o teto do mais antigo cinema de Fortaleza em funcionamento, conversamos com personalidades ilustres sobre a sétima arte, incentivo à cultura, relações Brasil-México e mais. Confira o áudio da reportagem a seguir.
Nesta edição, o festival teve recorde de inscrições para exibição dos trabalhos cinematográficos. Ao todo, foram mais de 100 produções exibidas, entre curtas e longas-metragens. Anteriormente, entre os dias 7 e 19 de junho, a Caixa Cultural Fortaleza recebeu a Mostra de Cinema Mexicano como parte das atividades do festival. Para a mostra, foram selecionadas obras desde diretores consagrados, como Luís Buñuel (Él Ángel Exterminador), e cineastas contemporâneos, como Joshua Gil (La Maldad).
Na Mostra Competitiva Ibero-Americana de Longas-Metragens, a principal do evento, em que concorreram obras do Uruguai, Panamá, Espanha, México e Brasil; a ficção científica uruguaia Clever levou o prêmio de melhor filme. Já o prêmio de Melhor Diretor em Longa-Metragem ficou com Marcos Guttmann, responsável pela produção brasileira Maresia. Veja os vencedores de cada categoria aqui.
Um dos grandes destaques dessa edição foram os curtas. Pela primeira vez, o Ceará produziu Abissal, do diretor Arthur Leite, obra premiada no Festival de Documentários É Tudo Verdade, tornando-a classificável ao Oscar. A obra possui caráter biográfico e foi exibida na abertura oficial do Cine Ceará, ao lado da produção espanhola de origem basca Avó, do diretor Asier Altuna Iza.
A cerimônia de abertura, realizada na noite do dia 16 de junho, reuniu autoridades, cineastas, atores, fãs e ativistas. Este ano, o festival homenageou com o troféu Eusélio Oliveira os atores Chico Diaz e Dira Paes, protagonistas de "Corisco e Dadá" (1996), produção do diretor cearense Rosemberg Cariry que completou 20 anos em 2016. Durante a solenidade, o ator, nascido no México e radicado no Brasil, se juntou ao coro da plateia nas palavras de protesto contra o governo interino e pediu a volta da presidenta afastada Dilma Rousseff.