06/05/16

Pedro José Brandão – Pedrinho Chegava Descalço

Foto: Ingryd Guilherme

 

Repleto de datas comemorativas da cultura nerd e gamer, o mês de maio é considerado o mês mais geek do ano. Um dos dias que mais contribuem para o título é o 25 de maio, Dia do Orgulho Nerd. Entre adeptos, a data, na verdade, é conhecida como o Dia da Toalha. A correlação entre ambas parece confusa, mas a gente explica. Tudo começou no livro "O Guia do Mochileiro das Galáxias", do autor britânico Douglas Adams, que conta que qualquer viajante espacial, antes de sair do planeta, precisa de uma toalha. O motivo? Nunca se sabe quando o intrépido aventureiro vai precisar dela.

Lançado no final da década de 70, a série do escritor arrebatou multidões de jovens que, já naquela época, podiam contar com outros fenômenos da cultura pop e que, posteriormente, se identificaria como geek, tais como os filmes da saga Star Wars. Por sinal, foi também em 25 de maio de 1977 que o mundo ouviu, pela primeira vez, a famosa frase que nos abre as portas do universo criado por George Lucas: “Há muito tempo atrás, em uma galáxia muito distante...". De lá para cá, o mês já ganhou outros motivos para ser comemorado, inclusive o 17 de maio, Dia Internacional da Internet.

Diante disso, a Universitária FM escolheu o seu lado da Força. Durante o mês de maio, iniciamos um ciclo de homenagens e discussões acerca da cultura nerd e geek, dando voz e evidência a esse universo tão diverso que se mistura e influencia o nosso. Na seção Entrevista desta semana, conversamos com o Pedro José Arruda Brandão, professor de roteiro para quadrinhos da Escola Porto Iracema das Artes, monitor da Oficina de Quadrinhos da Universidade Federal do Ceará (UFC), curador da GeekExpo, membro do AvanteCast e idealizador do projeto Pedrinho Chegava Descalço.

Uma das publicações da página Pedrinho Chegava Descalço

Uma das publicações da página Pedrinho Chegava Descalço

Pedro afirma que sua relação com o universo geek começou ainda na infância. "Acho que aprendi a ler com a Turma da Mônica", pondera o roteirista. De acordo com ele, a ligação entre esses produtos culturais é muito comum a jovens da sua geração, que compartilharam as referências do mesmo período. "Cresci assistindo televisão e na televisão [tinha] os animes né, Yu Yu Hakusho, Dragon Ball Z, Sakura Card Captors, Sailor Moon, esses animes sempre foram parte da minha infância. Eu desenhava muito, juntava aquelas revistas com os amigos, de herói e coisas do gênero", explica.

Mas, segundo Pedro, mesmo com tamanha influência sobre a cultura no geral, a área ainda sofre com preconceitos, como é o caso do modo displicente como desenhar é tratado. Ele assegura que só se deu conta de que quadrinhos podem dar retorno financeiro e social quando entrou para a Oficina de Quadrinhos. "O quadrinho, o anime, o mangá, a animação, o filme, a cultura pop, geek e nerd como um todo, hoje em dia eu vejo com olhos completamente diferentes por causa da faculdade, se não fosse a faculdade talvez eu só continuasse vendo como puro entretenimento", atesta o ex-estudante de Publicidade e Propaganda da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Ouvir Pedro falar de quadrinhos dá a sensação de que, apesar dos desafios, ele não jogou a toalha.

Escute a seguir a entrevista completa:

*Entrevista gravada nos estúdios da Universitária FM no dia 02 de maio de 2016.

 

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  1. […] do cenário nerd cearense. Na Seção Entrevista, batemos um papo com Pedro José, o PJ Brandão (confira aqui), como é mais conhecido, professor de roteiro da Escola Porto Iracema das Artes e integrante da […]

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