Os artistas e trabalhadores da cultura de Fortaleza, integrantes de diferentes Fóruns de Linguagens Artísticas, fizeram uma denúncia ao Ministério Público do Ceará e à Câmara Municipal que aponta para uma situação de calamidade pública na política cultural da capital.
A situação foi debatida em audiência na câmara municipal na última semana.
Quem dá mais detalhes é Dalwton Moura, vice-presidente do sindicato dos músicos do Ceará:
"Audiência requerida pelo vereador Júlio Brizzi sobre a situação de calamidade pública na política cultural de Fortaleza. Isso quem diz são os fóruns de linguagem, de dança, de audiovisual, de artes cênicas, dos trabalhadores da técnica, enfim, fóruns reunidos avaliam que a situação é de calamidade pública na política cultural de Fortaleza. E em mais uma audiência a Secultfor comparece, diz que está tudo bem, está tudo lindo, que fez muito, que apresentou tal relatório. Bom, não é o que a gente sente na ponta, como colocaram aí colegas, como Raimundo Moreira do Teatro, como Félix que falou pela Dança, enfim, outros colegas presentes na audiência. A gente precisa muito avançar, a situação é gravíssima, nós precisamos do apoio dos vereadores de Fortaleza para destacar de fato esse tema, para que a população compreenda a gravidade deste tema."
Os trabalhadores da cultura entregaram à Secretaria da Cultura de Fortaleza, ao longo de dois anos e cinco meses da atual gestão, duas cartas principais com reivindicações, cobranças e sugestões. Em contrapartida, a Secultfor têm destacado suas linhas de atuação e que mantém diálogo com os representantes dos segmentos culturais.
Amaudson Ximenes, presidente do sindicato dos músicos do Ceará, destaca a importância da realização de atos e das audiências. Dawlton Moura complementa:
"A necessidade da nossa mobilização é a gente está ocupando esse espaço de poder. Hoje, a gente tá aqui na Câmara Municipal. É importante a gente estar ocupando também a rede social, está cobrando. É a única coisa que nos cabe, aqui nesse momento é cobrar. Então é uma luta em defesa não só dos músicos representados pelo SINDIMUCE, mas os trabalhadores e trabalhadoras da cultura de Fortaleza como um todo representados pelos seus diversos fóruns e principalmente da população de Fortaleza."
Uma nova reunião entre os representantes dos trabalhadores da cultura e a prefeitura de Fortaleza deve ser realizada nesta terça-feira, dia 16 de maio.
Reportagem de Fabrício Girão