As teorias raciais do final do século XIX cruzam as décadas de 1930 e 1950 e chegam aos dias atuais. Do passado ao presente, pessoas escritas como inferiores seguem à margem das políticas públicas. Por esse caminho, a pesquisadora Kenia Sousa Rios, professora de História da UFC, reencontra os retirantes cearenses. Ela estuda a seca, no Ceará, há mais de 25 anos. Os estudos retratam o incômodo das elites com a presença dos pobres que fugiam das estiagens e como as políticas públicas serviram para o controle dos flagelados.
A pesquisa segue, agora, os passos do racismo a partir da Grande Seca de 1877.
De acordo com as teorias raciais da época, o negro e o índio deram origem a outro tipo inferior: o sertanejo, explica a professora.
Ouça na reportagem de Ana Mary C. Cavalcante: