14/05/20

Fazenda Raposa torna-se Unidade de Conservação Ambiental

Administrada pelo Centro de Ciências Agrárias da UFC, a Fazenda Raposa foi reconhecida, pelo Governo do Ceará, como Área de Relevante Interesse Ecológico (Foto: Divulgação/SEMA)

A Fazenda Raposa, localizada em Maracanaú, na Região Metropolitana de Fortaleza, se tornou uma nova Unidade de Conservação Ambiental no Ceará. A Fazenda tem extensão superior a 100 campos de futebol e guarda o valor histórico das plantações de carnaubeiras.

Administrada pelo Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará (UFC), a Fazenda Raposa foi reconhecida, pelo Governo do Ceará, como Área de Relevante Interesse Ecológico. Há mais de meio século, os proprietários doaram a reserva à Universidade. O secretário do Meio Ambiente do Estado, Artur Bruno, destaca a importância da Fazenda Raposa:

"A Fazenda Raposa era uma propriedade da família Johnson dos Estados Unidos, que trata com cera de carnaúba há muitas décadas. Ela [a família Johnson] doou para a Universidade e a Universidade, há pelo menos 40 anos aproximadamente, vem fazendo a gestão desta propriedade. É uma bela propriedade de 136 hectares. É uma área enorme, verde, com fauna, com flora, e com a mais bela coleção de carnaúba do Ceará. São vários tipos, inclusive de outros países, da Copernicia, que é o gênero da carnaúba. Nós precisamos cuidar melhor dessa área e fizemos um termo de cooperação entre a Universidade Federal do Ceará e a Secretaria de Meio Ambiente."

Os estudos técnicos que indicaram o estabelecimento da Área de Relevante Interesse Ecológico tiveram início há dois anos. A Fazenda Raposa tem valor ambiental que pode ser medido tanto por suas palmeiras quanto por outras espécies nativas da flora e também da fauna da caatinga.

Exemplares de marmeleiro, jurema-preta, mororó e sabiá, por exemplo, são o ouro da região semiárida. Considerada, oficialmente, Unidade de Conservação, a Fazenda Raposa terá ampliada a proteção ambiental também dos recursos hídricos. Além de ser uma enorme escola a céu aberto, projeta o secretário do Meio Ambiente, Artur Bruno:

"É uma Área de Relevante Interesse Ecológico, ela continua pertencendo à Universidade, mas a gestão será da Universidade e da Secretaria [de Meio Ambiente]. Com isso, faremos um plano de manejo, vamos criar um conselho gestor e vamos criar um plano de trabalho para utilizar bem essa área para educação ambiental, inclusive com a possibilidade de criar equipamentos de educação ambiental nessa área de relevante interesse ecológico."

Um acordo de cooperação técnica entre a UFC e a Secretaria do Meio Ambiente do Ceará deve somar conhecimentos na gestão da área. Estão previstas ainda a criação de um conselho gestor, em até 180 dias, e a elaboração de um plano de manejo, no prazo de cinco anos.

Reportagem de Ana Mary Cavalcante

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