As batalhas de rimas em espaços públicos, como praças e viadutos, estão sendo suspensas temporariamente por organizadores em todo o país, por causa da pandemia de coronavírus. Mas elas serão tema de uma conversa com o MC, educador e pesquisador Felipe “Choco” Oliveira Campos, neste domingo, dia 29, no programa Zumbi – O Rap na Universitária FM.
Mestre em Estudos Culturais pela Universidade de São Paulo (USP), Felipe defendeu há poucos meses sua pesquisa "Cultura, Espaço e Política: um estudo da Batalha da Matrix de São Bernardo do Campo", sobre a Batalha da Matrix, que acontece desde 2013 no centro dessa cidade do ABC Paulista. Na conversa – que foi conduzida por WhatsApp, devido ao uso restrito dos estúdio da emissora durante esse período – ele fala da relevância política e cultural das batalhas de rimas para o hip hop, a partir do contexto brasileiro. Nesses eventos competitivos, o gênero é o freestyle, em que os desafiantes precisam rimar de improviso, sendo avaliados pelo público presente.
Serão discutidos temas como a importância das batalhas de rimas como exercício do direito à cidade, e o papel do MC, que no contexto atual torna-se mais um Ministro da Comunicação do que um Mestre de Cerimônias, segundo Felipe “Choco”. Além de explicar a diferença entre “batalhas de sangue” e “batalha temáticas (de conhecimento)”, ele conta a quantas andam os estudos sobre hip hop nas universidades do Brasil e fala do contexto da emergência do rap em São Paulo e de suas conexões com os movimentos sociais que se mobilizaram em torno da "Constituição Cidadã", promulgada em 1988.
Na seleção musical, a edição #02 de Quarentena do Zumbi traz vários lançamentos do rap, como o novo álbum do mineiro Djonga e “Santuário”, da MC de Fortaleza Aka Cryxtal.
O programa Zumbi - O Rap na Universitária FM vai ao ar no domingo, dia 29 de março, das 18h às 20h, apresentado e produzido por Thaís Aragão.
