O futebol não é mais visto como um esporte voltado apenas para homens. A participação das mulheres na modalidade esportiva aumenta cada vez mais, e nas torcidas não poderia ser diferente. Apesar da presença constante da torcida feminina nos estádios, o machismo ainda é significativo. Este tema foi o destaque da última edição da Revista da Educação, que foi ao ar no dia 24 de junho.
"A gente já vai pro estádio faz tempo, a gente só tá lutando agora mais é pelo espaço mesmo [...] também pela parte de respeito, pra não ter assédio e etc", relata Dadá Ganam, torcedora do Corinthians e organizadora do I Encontro Nacional de Mulheres de Arquibancada, que ocorreu em São Paulo, em 10 de junho deste ano. O evento reuniu diversas torcedoras para discutir sobre atos de machismo dentro do estádio e empoderamento feminino.
Em 2016, o Atlético Mineiro apresentou seu uniforme feminino com modelos seminuas, usando apenas uma peça de roupa. A atitude levantou debates em diversas redes sociais e levou várias mulheres a formarem um coletivo feminista de torcedoras do time, o Agrupa. "Ele [o futebol] é cultura, faz parte quase que da alma do brasileiro e todo mundo que quiser estar incluído nisso tem o direito de ser tratado com respeito dentro e fora de campo também", ressalta a servidora pública Letícia Vulcano.
Esta edição da Revista da Educação também trouxe reportagens sobre os direitos dos alunos transgêneros nas escolas e o futuro da Universidade Estadual do Ceará (UECE). O quadro Eureka explica como os cactos sobrevivem a condições secas. A Dica da Semana é o documentário Laerte-se, de Lygia Barbosa da Silva e Eliane Brum e o Papo Reto conversa sobre tradições juninas com a professora do Instituto Federal do Ceará (IFCE) e diretora do Grupo Mira Ira, Lourdes Macena. A versão estendida da entrevista também pode ser conferida na playlist do programa:
A Revista da Educação vai ao ar aos sábados, às 15h, com reprise aos domingos, no mesmo horário na Rádio Universitária FM. Esta edição contou com apresentação de Carolina Areal e Caio Mota; produção de Carolina Areal e dos estudantes do Curso de Jornalismo da UFC Claryce Oliveira, Karine Nascimento e Lucas D'Paula; e operação de áudio de José Raimundo Lustosa.