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O programa Música Erudita desta terça-feira (20), de 22h à meia-noite, apresenta a obra do compositor alemão Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784), filho mais velho do compositor Johann Sebastian Bach (1685-1750). A família Bach se manteve por 250 anos como importante força musical na Europa entre os séculos XVI e XIX, e essa linhagem reúne 27 músicos, instrumentistas e compositores de diversas gerações. Entre as peças selecionadas para audição de Wilhelm F. Bach do programa desta noite, estão Concerto em Fá menor, Concerto em Lá Menor e Concerto em Mi bemol maior.
Wilhelm Friedemann Bach nasceu em 22 de novembro de 1710, na cidade de Weimar, e era filho de Johann Sebastian e Maria Barbara Bach. Perdeu a mãe cedo, com apenas 9 anos de idade, e teve a maior parte de sua educação musical orientada pelo pai. Johann Sebastian dedicou ao seu filho predileto o conjunto de peças Klavierbüchlein, para instruí-lo na execução de música para teclado. Aos 16 anos, aprendeu violino com o renomado professor Johann Gottlieb Graun. Wilhelm é reconhecido como organista talentoso, improvisador habilidoso, e, como compositor, produziu bastante nas áreas de música de câmara, sinfonias, concertos e música sacra. Porém, era indisciplinado, desorganizado e não conseguiu levar adiante o que seria uma promissora carreira artística.
Wilhelm Friedemann estudou Direito na Universidade de Leipzig, e Matemática na Universidade de Halle. Trabalhou temporariamente como organista em igrejas de Dresden e Halle, e ao longo da vida passou por fases de sérias dificuldades financeiras. Sobrevivia com rendas incertas de músico itinerante e de professor, e até teve de vender bens pessoais e partituras manuscritas herdadas após a morte do pai, em 1750. Estima-se que em torno de 100 cantatas inéditas de J.S. Bach teriam se perdido nas tentativas de saldar essas dívidas. Empobrecido, Wilhelm faleceu aos 74 anos de idade, em 1º de julho de 1784, em Berlim.
O Música Erudita é transmitido todos os dias, de 22h à meia-noite, e tem produção e apresentação de Leovigilda Bezerra, e operação de áudio de José Raimundo Lustosa e Adalberto Inácio.
